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10 janeiro 2007

O aborto do referendo.

Um dos argumentos centrais dos partidários do sim no referendo ao aborto é o de que assim se pode evitar que as mulheres sejam julgadas e condenadas por fazerem abortos até às 10 semanas de gravidez.
Faz sentido, por isso, saber quantos casos há de facto de mulheres condenadas por abortos até às 10 semanas.
A resposta é capaz de ser surpreendente!

30 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Pelo que pude ler, ele não questiona, quem o faz é o outro blog, o Ponte Europa, ele limita-se a fazer referência. Não li qualquer posição de José Luís sobre isso.

Já agora, deveriam falar tb da crónica que ele escreve e que descreve bem o que se passa na politica cá da terra.

quarta-feira, 10 janeiro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

desculpem mas o meu comentário anterior era para o que foi escrito antes (Será?)

quarta-feira, 10 janeiro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Caro Forum não há mulheres condenadas porque não me pareçe que as clinicas privadas façam publicidade aos abortos clandestinos que lá fazem. Logo não há divulgação , não há processo, não há condenação. Mais acho uma valente hipocrisia que seja necessário fazer um referendo para despenalizar o aborto. Fazia-se a lei e depois só a utilizava quem precisasse. O aborto é uma coisa tão intima e tão sensivel que andar um "bando" de iluminados(quer sejam do sim ou do não) a mandar palpites não me pareçe que seja a melhor opção. Há apologistas do não que dizem "eu nunca" mas quando a filha ou a amante engravidam sabem bem onde recorrer. Por isso deixemo-nos de conversas alterem a lei e aproveitem os movimentos do sim e do não para criar condições para as mulheres não terem que recorrer a ela.Quer queiram quer não a mulher no n/país ainda é muito descriminada. Ana

quarta-feira, 10 janeiro, 2007  
Blogger FreeTime said...

Concordo plenamente......com a Ana

quarta-feira, 10 janeiro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Mais uma coisa não me queria ver na pele da mulher, digo mulher, não pessoa do sexo feminino, que tem que recorrer ao aborto.Ana

quarta-feira, 10 janeiro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Cara Ana,

A questão aqui é a de que se utiliza um argumento, convém saber se esse argumento se sustenta nos factos.
De resto, concordamos que o aborto é uma questão sensível e íntima. E nunca fácil.
Mas será que o Estado deve tomar a seu cargo a realização de abortos a pedido? Será essa uma prioridade do SNS? E terão os contribuintes a obrigação de pagar com o dinheiro dos seus impostos o aborto de mulheres, quando não há perigo de vida ou danos psicológicos graves para a mãe?

quarta-feira, 10 janeiro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Caro anónimo todos nós pagamos para a construção das auto estradas,as taxas de radiofusão, etc. E nem toda a gente as usa e não vi ninguém a querer referendar isso. Poderá não ser prioridade do SNS, mas há tantas prioridades e ele não funciona mesmo nós pagando o n/impostos por isso esse argumento é uma falsa questão.E será que uma mulher que teve o azar de engravidar, porque aconteçe , e não quer esse filho tê-lo não é um trauma psicológico?
Já agora quem toma a pilula, usa preservativo, etc é uma criminosa a mulher só serve para porcriar é um utero ambulante. Por favor poupem-me. Ana

quarta-feira, 10 janeiro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Se quer discutir, discutimos. Se quer desconversar, desconversa sozinha.
Ninguém disse que usar contraceptivos era crime. Nem ninguém disse que a mulher "só serve para procriar" ou era "um útero ambulante". Essa fuga para a demagogia serve para não ter de argumentar. Sem argumentos não há discussão. Bom dia e boa sorte!

quarta-feira, 10 janeiro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

ó ana, as autoestradas têm portagens e cada um paga a sua. mau exemplo.

quarta-feira, 10 janeiro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

anónimo pagas as portagens mas a sua construção sai dos cofres do estado, logo do dinheiro dos contribuintes.

quarta-feira, 10 janeiro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

anónimo pagas as portagens mas a sua construção sai dos cofres do estado, logo do dinheiro dos contribuintes.

quarta-feira, 10 janeiro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Anónimo não é desconversar, nem demagogia é simplesmente opinião.Desculpa por ser um pouco dura mas analisando friamnete na minha condiçaõ de mulher é o que constato. Posso dizer-te que era incapaz de fazer um aborto, mas respeito quem o "tem" que fazer, desde que não haja outra opção.Quantas mulheres há em Portugal que engravidaram sem quererem, pois os métodos contraceptivos não são 100% fiáveis.O pai não assume o filho, faz de conta que não tem rendimentos, a mulher é que tem que arcar com toda a responsabilidade. Quem a ajuda? Ninguém. Todos falam mas na hora da verdade ninguém está disponivel. Que condições sociais e psicológicas tem esta mãe para criar um filho sozinha? Ana

quarta-feira, 10 janeiro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Para resolver um problema, atacam-se as causas, não as consequências.
Também desprezo uma sociedade que "culpabiliza" as mulheres solteiras, e que empurra as mulheres para o aborto. Compreendo as mulheres que abortam, mas não concordo que isso resolva problema algum.
A discussão sobre o aborto parece centrar-se no aborto como um direito. E não é. passaria a ser mais um direito, e ao estado caberia dar as condições para as mulheres exercerem um direito.
O aborto é mau. E as alternativas ao aborto são em minha opinião menos más que o aborto.
E não me parece que a função do estado seja a de pgar abortos simplesmente porque apetece à mulher.

quarta-feira, 10 janeiro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

as portagens servem precisamente para pagar a construção das auto-estradas. Se não servem para isso, servem para que?

quarta-feira, 10 janeiro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Muito se fala sobre o a lei a referendar sobre o aborto, mas pergunto como alguém já aqui falou.
Quantas mulheres foram condenadas por abortarem até ás 10 semanas?
Não nos esqueçamos que muitas das mulheres que abortaram sem que houvesse problemas com o feto o fizeram por pressão dos seus companheiros (maridos, namorados e amantes)ou por vergonha da sociedade (pais, amigos, vizinhos, etc.).
Esta lei vai servir em grande parte os interesses das clinícas espanholas que em grande parte se vão e já estão a instalar no nosso país.
Quando falam que em Espanha é permitido e aqui não, aconselho as pessoas a lerem as duas leis vigentes em Portugal e Espanha e verão que as duas são similares. O que as distingue na realidade são os código deontológicos em que o espanhol não coloca entraves á interropção voluntária da gravidez e o português proíbe.
Numa altura em que se fala de baixas percentagens de natalidade e do envelhecimento da população portuguesa esta será provavelmente a pior solução.
Posso dar-vos o meu exemplo pessoal de um NÃO aborto, quando há uns anos namorava eu com a minha actual esposa e ela me apareceu dizendo que estava grávida.
Podem não saber mas de onde sou, tanto eu como os meus pais somos pessoas bem vistas pela restante população, sendo também próximos de relações com o padre da freguesia.
Na altura foi como uma bomba, toda a gente só falava de mim e dos meus pais, criticando a atitude de ter engravidado a namorada.
Não dei importância, olhei em frente e apoiei e protegi a minha esposa de todas as pessoas que, quando ainda poucos sabiam, andaram a "minar" a sua cabeça para que abortasse.
Passados agora uns bons anos, ninguém fala da maneira como casei e toda a gente olha para o meu filho como uma criança intelegente e alegre.
Acham vocês que com uma lei do aborto tudo seria mais fácil não era? Pegava na namorada, levava-la ao hospital ou a uma clínica e dizia: Senhor doutor faça aqui um aborto á minha namorda que ela está grávida e é uma grande vergonha para mim que alguém saiba que ela está grávida pois não quero manchar o meu nome.
Acham correcto que se acabe com um a vida só porque parece mal ou é incomodativo.
É para isso que a despenalização do aborto servirá.
Se não houvesse contraceptivos ainda aceitava a desculpa.

quarta-feira, 10 janeiro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

sempre-atento tu foste um Homem, mas quantos existem do sexo masculino que fariam exactamente o contrário? Ana

quarta-feira, 10 janeiro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

ó anoa, a lei em discussão vai dar ás mulheres o direito de abordar, a seu pedido, sem sequer consultar o pai da criança, mas quem te ler parece que as mulheres nunca querem abortar, e só abortam porque os homens não lhes dão apoio. Por vontade das mulheres, nunca elas abortariam. é isso? é porque se é, mais valia na lei prever-se a obrigatoriedade de o pai da criança ter uma palavra a dizer...

quarta-feira, 10 janeiro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Anónimo há muitas que abortam por imposição. E como pode o pai da criança ter uma palavra a dizer se quando sabe que a mulher está grávida foge a sete pés e só o teste de paternidade e o tribunal o obriga a assumir?

quarta-feira, 10 janeiro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Ahhh, isso do pai fugir a sete pés é uma lei? E os que não fogem a sete pés e querem ter o filho?
Uma mulher para vender um carro, precisa da assinatura do marido. Para abortar, pode decidir sozinha. Em linguagem feminista, isto chama-se emancipação.

quarta-feira, 10 janeiro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Anónimo ao legislar podem salvaguardar as situações pois já existe que para a mulher fazer uma laqueação se for casada tem que ter o consentimento do marido. Não sei se para a vasectomia é o mesmo critério mas isso não está em dicussão. Mais uma vez e correndo o risco de me chamares feminista pareçe que as mulheres são umas malucas que não sabem o que fazem, precisam sempre do homem para tomar decisões .

quarta-feira, 10 janeiro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

não precisam sempre. mas se a decisão afecta os dois, aprece razoável que o pai tenha uma palavra a dizer. se são precisos dois para fazer um filho, porque raio é que há-de bastar um para abortar?

quarta-feira, 10 janeiro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Desculpem lá a minha ignorância, mas houve aqui alguém que falou que uma mulher para fazer laqueação se for casada precisa de consentimento do marido, mas eu sou casado e tenho 4 filhos e não me lembro de ter assinado o quer que fosse para a minha esposa fazer a laqueação. O consetimento nestas coisas deve ser por escrito acho eu, e por isso é que digo que não assinei nada e a minha esposa fez a laqueação sem problema nenhum.

quarta-feira, 10 janeiro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

anónimo então alguém contornou a lei. Mas também se fazem abortos e é proibido

quarta-feira, 10 janeiro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

para fazer a laqueação precisa de autorização do marido? LOL onde é que isso está escrito?

quarta-feira, 10 janeiro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Prestem atenção à lei actualmente vigente em Portugal:
Artigo 142ª do Código penal
1 - Não é punível a interrupção da gravidez efectuada por médico, ou sob sua direcção, em estabelecimento de saúde oficial ou oficialmente reconhecido e com o consentimento da mulher grávida, quando, segundo o estado dos conhecimentos e da experiência da medicina:
a) Constituir o único meio de remover perigo de morte ou de grave e irreversível lesão para o corpo ou para a saúde física ou psíquica da mulher grávida;
b)Se mostrar indicada para evitar perigo de morte ou de grave e duradoura lesão para o corpo ou para a saúde física e psíquica da mulher grávida e for realizada nas primeiras 12 semanas da gravidez;
c)Houver seguros motivos para prever que o nascituro virá a sofrer, de forma incurável, de doença grave ou malformação congénita, e for realizada mas primeiras 24 semanas de gravidez, comprovadas ecograficamente ou por outro meio adequado de acordo com as leges artis, excepcionando-se as situações de fetos inviáveis, caso em que a interrupção poderá ser praticada a todo tempo;
d) A gravidez tenha resultado de crime contra a liberdade e autodeterminação sexual e a interrupção for realizada nas primeiras 16 semanas.

A lei já permite o aborto em todas estas situações.

Porquê alargar o seu âmbito.

Para que "vender" a ideia que não se permite o aborto, quando tal não corresponde à verdade.

quarta-feira, 10 janeiro, 2007  
Blogger Tertuliante said...

A ideia é que nós temos de ser "chiques" e ser como os espanhois, ter uma clínica de interrupção voluntária de gravidez em cada esquina.
Sempre se disse que de Espanha nem bom vento nem bom casamento, mas que se pode fazer??
Tantos problemas que este país tem e vai-se gastar dinheiro e tempo com um assunto para o qual já existe legislação que chega perfeitamente.

quarta-feira, 10 janeiro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Meus caros anónimos/as e outros/as quem defende o Sim tem as suas razões, quem defende o Não também as teem e ambos não as mudam. Por isso é ir votar no referendo e sujeitarmo-nos, ambos, ao voto da maioria.Ana

quarta-feira, 10 janeiro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

parabéns ao forum por ter aberto esta interessante, e com nível, discussão

quarta-feira, 10 janeiro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Anónimo Parabens ao Forum por estas e por outras discussões com nivel.Ana

quarta-feira, 10 janeiro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

A proposta feita aos Portugueses em referendo é de que uma mulher por decisão exclusivamente sua (não tendo o Pai o poder de opinar) possa abortar até às 10 semanas em hospitais ou clínicas privadas (sendo estes pagos pelas nossas contribuições), sem que haja qualquer razão. Acho que devemos promover a vida utilizando os nossos impostos para acções de formação e sensibilização. Existem hoje imensos métodos de contracepção, é uma questão de os fazer chegar a todas as pessoas.

quinta-feira, 18 janeiro, 2007  

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