"Vereador suspeita de que o querem afastar"

NOTICIA JN DE HOJE:

Jorge Carvalho suspeita de que existem "outras motivações" por trás da tomada de posição pública do presidente da Junta de Ribeirão que esta semana, em conferência de Imprensa, lhe chamou "incompetente e mentiroso".Adiantando não ter provas, o vereador das Obras Municipais admitiu suspeitar de uma acção consertada entre Reis Moreira e a Concelhia do PSD para o tirar do Executivo camarário."Nada me garante que ele tenha o apoio do partido, mas o procedimento do PSD leva a esse pensamento. Porque enquanto que o PSD devia ter tomado uma posição logo após os insultos e não fez, passadas algumas horas reúne a comissão política e delibera um procedimento contra o vereador, portanto tudo leva a crer que aqui há gato escondido com o rabo de fora", afirmou o vereador. Carvalho considera "condenável" que o PSD o tenha "culpado num julgamento sumaríssimo".O assunto foi trazido a lume na reunião do Executivo camarário pelos vereadores do PS que apresentaram um voto de solidariedade pelos "ataques à honra e dignidade" de que o vereador foi vítima. No final da reunião, Jorge Carvalho disse estar de "consciência tranquila" e adiantou que vai processar judicialmente Reis Moreira pelas afirmações proferidas. Por outro lado, o vereador frisou que a única relação que terá com o presidente da Junta de Ribeirão será institucional. "Relacionamento institucional terá de existir, mas de outro tipo não há qualquer hipótese", atirou.Segundo o vereador, uma comissão de presidentes de Junta está a organizar um jantar de apoio, sendo que a decisão de continuar no Executivo poderá surgir após a iniciativa.O edil famalicense não quis fazer grandes comentários sobre o assunto, considerando, porém, que houve excessos de ambas as partes. Mostrando-se solidário com ambas as partes, Armindo Costa frisou que a sua posição é de unir e não fracturar.Quanto ao voto de solidariedade do PS, o autarca considerou que se tratava de um "voto de hipocrisia", já que a Concelhia socialista tinha emitido um comunicado com duras críticas. Apesar disso, Armindo Costa votou favoravelmente, e Ricardo Mendes, Jorge Paulo Oliveira e Leonel Rocha abstiveram-se.

Alexandra Lopes