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16 novembro 2006

Diácono Remédios.

Mário Martins escreve esta semana um artigo curioso no Povo Famalicence. Por um lado felicita a Câmara Municipal por voltar a permitir a abertura do comércio aos Domingos. É óbvio. A abertura nunca devia ter sido proíbida. Abre quem quer, a que horas quer.
Logo a seguir, Mário Martins critica a permissão dos bares e discotecas passarem a poder funcionar até às 5 da manhã aos fins de semana. E explica porquê. Mas explica mal:

Em primeira lugar Mário Martins acha que a proposta é "nada adquada à forma de estar e de viver da grande maioria dos famalicenses". Desculpe? E que forma de estar na vida é essa? e quem a definiu? E admitindo que fosse verdade, a que propósito é que os outros famalicenses têm de seguir a forma de estar na vida da maioria?

Depois, acha que vai haver "um agravamento nas condições de vida de quem vive nas imediações dos estabelecimentos, quebra na segurança de pessoas e de bens e perturbações do sossego e tranquilidade dos outros". Talvez. Mas isso resolve-se com polícia bem visível nos locais mais frequentados. É quanto basta.

O argumento final é hilariante. Mário Martins diz que "esta medida vai em sentido contrário a tudo aquilo que é necessário fazer no tempo presente, num país de baixa produtividade e a atravessar uma crise que só é possível ultrapassar com trabalho sério e rigor."
Bom, talvez Mário Martins não saiba, mas a indústria da noite também cria riqueza e postos de trabalho. Depois, o que é que tem o trabalho sério e o rigor a ver com saír à noite? São incompatíveis? Além disso, estes novos horários são para os fins de semana. Será que Mário Martins quer que passemos a trabalhar aos fins de semana?

Mário Martins não podia terminar o seu texto sem lançar uma suspeita e fazer moral barata.
A suspeita: "A quem convém que as boites funcionem até às 5 da manhã?".
Não sabemos, mas talvez convenha aos famalicences que gostam de saír à noite...
A moral: "Há gente que não sabe que, às cinco da manhã, já há muitos famalicences que começam a preparar-se para mais um dia de trabalho."
Pois há. E o que é que isso tem a ver para o caso? Temos de nos levantar todos às 5 da manhã? Vamos impôr o recolher obrigatório?

Os cidadãos devem ser livres de escolher. Os regimes em que uma minoria de iluminados se arroga o direito de escolher pelos cidadãos são regimes totalitários. Mário Martins é socialista. Como se nota...

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Tem calma eu também sou socialista e até concordo com a medida.O problema é ainda maior quando, acho que não estou enganada, a JS há uns anos queria que os horários fossem alargados. Mais a n/cidade precisa de vida pois a juventude se não estiver em famalicão vai para os arredores e é um Deus nos acuda. Talvez ainda ninguém se deu ao trabalho de ver quantos acidentes de viação houve com jovens do concelho quando vinham de cidades vizinhas.O problema que se poem é terem licenciado os bares na zona habitacional, mas eles estão lá agora há que aguentá-los.
Ana

quinta-feira, 16 novembro, 2006  
Anonymous Anónimo said...

És socialista? Lamento muito...

quinta-feira, 16 novembro, 2006  
Anonymous Anónimo said...

anónimo sou socialista sim, mas também estou desiludida mas penso que as coisas vão melhorar a todos os niveis. Mas o ser socialista não impede de gostar muito do meu concelho e das pessoas que nele habitam. A cor politica para mim não conta ,desde que se apresentem coisas válidas. Não sou do contra por ser mas quando devo
Ana

sexta-feira, 17 novembro, 2006  
Anonymous Anónimo said...

Apesar dos custos envolvidos na mudança teria a vantagem de o sr presidente poder colocar mais uma das suas famosas placas de inauguração.
Quem sabe este argumento não o convence?

sexta-feira, 17 novembro, 2006  

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