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01 setembro 2006

Jornalismo de Investigação

Os nossos jornais locais continuam a surpreender. Que não mordem as canelas do poder, já se sabe. Mas que reproduzissem tal e qual as noticias da forma como elas são recebidas da Camara Municipal, é um pouco mais aborrecido.
Repare-se na noticia sobre uma exposição na casa de Camilo, na edição desta semana do Entre Vilas:

A partir do momento que se instalou em Famalicão, em 1863, a realidade famalicense começou a fazer parte do imaginário de Camilo. “Não admira, por isso, que encontremos aproveitamentos ou referências de vário tom e diversa extensão a locais do aro populacional de Vila Nova ou a pessoas que com ele convizinhavam nesses locais. A Brasileira de Prazins, O Senhor do Paço de Ninães, “novelas do Minho” como Maria Moisés ou O Cego de Landim, Aquela Casa Triste ou a Beatriz de Vilalva, inseridas nas Noites de Insónia, respectivamente, oferecem exemplos sugestivos dessa íntima relação entre a realidade e a ficção. Isto para não falar de ocorrências na sua torrencial correspondência, que seria impossível e supérfluo citar nestas linhas de apresentação”, explica a propósito o director do Centro de Estudos Camilianos, Aníbal Pinto de Castro, no catálogo da referida exposição.

Compare-se com o que a própria Camara Municipal escreve no seu site:

A partir do momento que se instalou em Famalicão, em 1863, a realidade famalicense começou a fazer parte do imaginário de Camilo. “Não admira, por isso, que encontremos aproveitamentos ou referências de vário tom e diversa extensão a locais do aro populacional de Vila Nova ou a pessoas que com ele convizinhavam nesses locais. A Brasileira de Prazins, O Senhor do Paço de Ninães, “novelas do Minho” como Maria Moisés ou O Cego de Landim, Aquela Casa Triste ou a Beatriz de Vilalva, inseridas nas Noites de Insónia, respectivamente, oferecem exemplos sugestivos dessa íntima relação entre a realidade e a ficção. Isto para não falar de ocorrências na sua torrencial correspondência, que seria impossível e supérfluo citar nestas linhas de apresentação”, explica a propósito o director do Centro de Estudos Camilianos, Aníbal Pinto de Castro, no catálogo da exposição.

Se descobrir as diferenças, escreva-nos. E há mais. Todo o texto é assim.
Uma forma revolucionária de fazer jornalismo, sem dúvida.